Revolução das Telecomunicações: Da Telefonista à Fibra Óptica
No mundo dos anos 50, a comunicação telefônica se estabelecia com o auxilio de uma operadora ( telefonista ).
Essa comunicação se realizava através de uma mesa manual com diversas posições, onde cada posição correspondia a um assinante ligado a mesa através de um par metálico.
Ao acionar o telefone em sua residência ou escritório, o usuário provocava o atendimento de uma lâmpada em uma das posições da mesa correspondente ao numero do seu telefone.
Era prontamente atendido pela telefonista que era informada pelo usuário o numero o qual queria se comunicar, e através de um cordão ou pega, eram conectadas as duas posições assinante ( A e B ) estabelecendo-se assim a comunicação.
Nos anos 60 chegam ao Brasil as centrais eletromecânicas, cujo funcionamento consistia em o assinante “A” retirar o fone do gancho obtendo ruído e ao discar o numero de “B” as informações eram capturadas por um jogo de redes que por sua vez retransmitia através de pulsos para um seletor rotativo o qual selecionava o assinante “B” através um juntor de saída e entrada estabelecendo se a comunicação.
Nos anos 70 com o surgimento das centrais eletromecânicas automáticas o meio de transmissão experimenta um avanço significativo na interligação das centrais urbanas suprimiu-se o cabo físico passando a ser
utilizado o Pcm 24ch com freqüência dfe 1544kb (versão americana), onde em dois pares de fio metálico com amplificação a cada 1,5km pode-se transmitir 24 canais de voz multiplexados, o que se constituía em um ganho significativo, uma vez que no entroncamento das centrais passo a passo cada juntor era transmitido por um par metálico.
Para se ter uma idéia a cada 24 juntores conectados ao Pcm 24ch a economia era de 20 pares de cabo.
Nas comunicações a longa distancia na época das centrais passo a passo era inviável a utilização de cabos metálicos.
Tal comunicação dava-se através de microondas com rádios valvulada e baixa capacidade de alocação de canais.
Nos anos 70 passam-se a utilizar rádios transistorizados com capacidade de ate 960 canais, dispostos de sistema de proteção.
No fim dos anos 80, com projeto do CPQD Telebrás surge no Brasil o MCP-30 (versão Européia) com utilização dos dois pares físicos com repetição e regeneração de sinais a cada 1,0 km.
Posteriormente, ainda na mesma década é lançado no mercado o MCP de hierarquia superior (120, 480), com transmissão via Fibra Óptica multímodo e cuja capacidade de transmissão era de 480 canais em um único par de Fibras Ópticas.
Este tipo de multiplicação só era utilização em centrais urbanas uma vez que tal tipo de Fibra Óptica trabalha com a condução de diversos feixes de luz, o que tende propiciar uma atenuação alta e, portanto só recomendado a sua utilização em zonas urbanas.
Nos diz respeito à comunicação a longa distancia, nesta época, a mesma era efetuada através de radio e MUX TDM.
Nos anos 90 surgiram as centrais eletrônicas automáticas computadorizadas e o multiplex deu um salto tecnológico.
Onde a capacidade passou a ser de 1920 canais transmitidos por Fibra Óptica no modo, a qual conduz apenas um feixe de luz com baixa atenuação possibilitando a sua utilização não somente na zona urbana como também a media e longa distancia.
No que diz respeito a distancias extremamente longas, a comunicação é feita através de radio digital que por sua vez repete sinais recebidos do MCP.
No final da década de 90 as centrais eletrônicas computadorizadas e os equipamentos multiplex PDH se constituíram em equipamentos mais compactos, ocupando espaços físicos cada vez menores e aumentando consideravelmente o seu tempo de vida útil, assim como a confiabilidade no que tange a apresentação de defeitos ou paralisação.
É também no final da década de 90 que surge os equipamentos na geração “SDH“, que se apresentam no momento como a geração multiplex do futuro, não somente pela confiabilidade funcionar como pela grande quantidade de informações que pode conduzir de uma ponta “A” para uma ponta “B” (algo em torno de 1920 canais de comunicação).
Este equipamento tem como meio de condução do sinal de Fibra Óptica.